complicação (ás vezes) tão fácil de entender

Depois de um bom, longo, confuso, divertido, estranho, diferente, doce, prazeroso, cruel tempo, depois de dar e receber tantos sentimentos, depois de cada tijolinho colocado, depois de um alicerce pronto, a casa desmoronou. E pior de tudo não foi o lobo mau. Foi o próprio porquinho que enquanto assoprava pro nada, sem perceber derrubou a própria casinha, construída com tanto esmero, rua do bobo, número 1704 ♫.
Agora depois de tudo que aconteceu, depois de toda a informação colhida, chega a hora de escolher. Odeio tomar decisões. Odeio-as talvez porque quase sempre, me maltrato tanto, me sufoco, me puno, pra no fim agir de maneira errada e de modo inconsciente.
Tudo foi uma questão de tempo. Tempo certo em cada momento. Tempo de mais, depois tempo de menos.
Quando se conhece alguém que faz você sentir o maior de todos os calafrios na barriga, você realmente fica desconfiada e pensa “putz! É o guri da minha vida“, aquele que eu sonho em ter os momentos mais ridiculamente românticos de todos, pra uma vida toda. Eu e ele nos envolvemos tanto, rimos muito, muito, falamos aquela baboseiras melódicas, aquelas piadas internas, aqueles conselhos, aquelas história malucas e únicas, tudo isso à mais de 50km de distância, com a intensidade de meio metro.
Ai, aquela vontade arrebatadora de arrancar ele pra mim! Eu não quero lhe esquecer! Eu quero realizar todos os sonhos que tive com ele, os que tive dormindo ... os que tive acordada, bem acordada (os melhores). Ele vale muito a pena, mais que qualquer tesouro que se possa encontrar numa bela ilha. Eu quero sentir, que ele sente um coisa legal por mim. Quero consertar tudo, quero fazer algo bonito e bem maior do que a merda que fiz, para que assim ela seja enterrada, e não ele.
Será que eu quero demais? Talvez. Mais tudo é mais complexo. Percorre um caminho cheio de ramos, que vai além dele, além de mim. Atinge muita coisa, muita gente.
O que fazer, assim tão longe? O que ele quer? O que será de nós?Sinto que é melhor me acalmar, parar de ficar correndo desesperada atrás do balão, isso não é uma corrida, isso não é uma competição, são sentimentos.
Vou ficar aqui, sentindo o mesmo carinho de sempre, que só aumenta e aumenta e sofre e sofre. Não vou deixar o sentimento morrer, vou deixar ele se dizer por si. Vou mostrar novamente que ‘ eu estou aqui e lhe gosto demais ‘.
Eu vou tentar. Tentar da melhor maneira possível. Ainda não sei bem como, algo me guiará. Sério, pra quê despertar tanto sentimentos nas pessoas?! Ensina-me a ser gente grande?! Dá-me a mão mesmo que tu não me deixes ir contigo?! Eu vou reconstruir o castelo, again

Patrícia Montenegro