Foto obtida em: http://musica.uol.com.br/ultnot/2010/03/26/icone-do-rock-brasileiro-renato-russo-faria-50-anos-neste-sabado.jhtm
Estive ocupado. Não pude, quando deveria, escrever o que queria e quero dizer. Passado o tempo, esse devorador de momentos que se mistura às memórias, resolvi que não seria ele, o tempo, quem deveria dizer o que devo ou não fazer. Renato Manfredini Júnior, ou Renato Russo, era conhecido pelo apelido de trovador solitário. E a biografia vocês podem encontrar aqui, aqui ou aqui. Ou digitar no Google. Pesquisar na Wikipédia. Aqui quero falar do compositor que se tornou, a revelia, porta-voz de uma saudosa geração que não mais existe em um país que ainda existe. E que nos leva a perguntar, dia-a-dia, “Que país é este?”. Pergunta feita desde 1987. De uma música feita em 1978.
No aniversário de seu nascimento, milhares de artistas pelo Brasil e, ouso dizer, pelo mundo afora, tocaram sucessos do líder legionário. Tempo Perdido, Geração Coca-Cola, Eduardo e Mônica, Pais e Filhos, Ainda é cedo, Quase sem querer e muitas outras relembraram os tempos em que o mundo era outro. Mas tão louco quanto o nosso. Em 27 de março de 2010, o Brasil relembrou um de seus filhos pródigos, e a voz marcante do jornalista, que nunca foi pegar o diploma, o fez parecer vivo, encantando ouvidos de pessoas que sequer sonhavam em nascer quando ele cantava. E encantava.
Ao tecladista, baixista, violonista e vocalista da Legião Urbana e do Aborto Elétrico, a merecida lembrança de um fã que jamais assistiu a um show ao vivo. Quando completaria 50 anos, não arrisco o que ele diria se estivesse vivo. Deixo a cargo dos outros jornalistas que, diferentemente de mim, têm bola de cristal. Ao aniversariante, porém, além de póstumos parabéns, deixo um grito de lembrança que sai do fundo dos porões da memória e não me deixa esquecer o lema: Urbana legio omnia vincit.
“Legião Urbana a tudo vence”
PS: Até a morte.
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