quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Anormais


Impressionante como não há mais dentro de nós a surpresa por mortes banais, todos os dias morrem pessoas, idéias, vontades, desejos, sonhos...E ninguém mais se assusta com isso, afinal virou normalidade despedaçar o corpo de alguém, e dá para os cachorros comer. Tamanha crueldade me faz pensar, em que nos tornamos? Ouço todos os dias falar de evolução, crescimento, tempo do “futuro”, mas não vejo isso se reproduzir humanamente, tecnologicamente tudo evolui, mas será que estamos preparados pra operar toda essa maquinaria evolutiva? Temos medo de dizer “não” a morte, “não” a matança, “não” ao medo, de dizer “não, eu não quero”...Alguém que não sabe dizer “não”, tem como dizer “sim”? Eu acho que “não”.Partindo disso abro minha reflexão sobre os últimos acontecimentos normais-banais mundiais, nacionais, regionais, é tanta banalidade que não cabe mais no jornal, teve-se que criar um jornal especifico pra essas expressões de desando,desigualdade, desequilíbrio e desamor, é a casa dos “dez”.Nós seres humanos somos “dez”.E pra completar tudo isso, ainda assistimos com nosso pão de cada dia a essa banalidade violenta, que abre nossas portas e torna tudo normal, é normal morrer e matar. O que não é mais normal é amar, só no surpreendemos agora com as reportagens que são expressões de seres que fazem diferente do que se vê.Ser bom hoje, é anormal.

AP

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