quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Observações sobre jogos sociais e rostinhos bonitos


"Nem toda feiticeira é corcunda,
nem toda brasileira é bunda."
Maria Rita - Pagu

Engraçado como são as coisas da vida. Um rostinho bonito, uma palavra besta e sorrisos. Muitos sorrisos. Histéricos, escandalosos, chamativos. Outro dia estava de olho numa cena, sintetizada na frase que inicia a postagem, abaixo do trecho da filha da Elis, e que melhor se encaixa nos jogos sociais. Conscientes ou não, jogos sociais.
Vamos aos fatos: o menino, bonitinho, loirinho, rostinho de modelo, chega à faculdade sem levar sequer um caderno, como sempre faz todos os dias. Dessa vez, por ironia do destino, se aproximou de duas garotas sentadas do outro lado da sala, tomando como referencial o lado que ele sempre senta (perto da porta, por coincidência?) para fazer um "trabalho". Bastou algumas palavras, para responder à pergunta sobre o seu caderno (ou a falta dele): eu não uso caderno desde a quinta série. Tá, legal. Ele não anota desde a quinta série. E daí? Pois é, isso foi motivo de risadas. MUITAS risadas, no clássico comportamento feminino para chamar atenção e mostrar ao moço que ela estava ali.
Segundos de risos, é a vez da outra falar alguma coisa. Talvez nem estivesse rivalizando, mas o fato é que a primeira ajeitou o cabelo atrás da orelha, clássico movimento das cabeludas para deixar o rosto em evidência e assim atrair o olhar do moço próximo a ela. Pelo sim, pelo não, era hora de buscar as coincidências. Falaram sobre onde moravam, cada qual mais longe que o outro. E assim seguiram na conversinha. E assim seguiram os sinais de que tem cheiro de interesse no ar. E eu prefiro nem comentar.


Filipe

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