O Reverso do amor

Escrever sobre amor é complicado, mas seguindo os passos da minha amiga Patrícia, hoje resolvi escrever sobre ele, meu não tão amigo “o amor”.
Estudiosos afirmam que ele existe, eu especificamente não posso afirmar ou não isso.
Há algo que alimenta o amor, é uma coisa chamada tempo.
Seria improvável falar de amor se antes não falasse do meu bom amigo tempo, ele que anda concertando o que o meu não amigo amor anda fazendo por ai, o problema é, o irmão da paixão, o egoísmo, que confunde amor com prisão e não dá o tempo necessário para sobrevivência desse amor, é como água para planta, você precisa regar para que ela cresça se não a rega, morrerá, o amigo tempo é liquido e rega o sólido amor... Ele definirá se esta planta vai ser sua, para todo sempre dando as melhores e maiores sombras, e os mais belos e saborosos frutos, ou se simplesmente você vai ter que mudar de casa, entregando sua planta, que não é sua, seus frutos, que não são seus...
O tempo define e entrega tudo isso de mão beijada para o amador, ele sem visão às vezes julga errado, e deixa o amor passar, ou tenta prender um amor que não lhe pertence, que não é seu, aliás, nenhum amor é de ninguém, ninguém dá amor, as pessoas fazem amor, é um bolo onde tudo é somado, e não diminuído ou dividido como uma herança... Amor não é dinheiro, definitivamente não é.
E ai é deste jeito simples que o amor se dá existência, o amor é assim, regado com o tempo. Só ele perdurará por todo o sempre, sem amarras e sem prisões: sexuais, convenientes, ilustrativas... Isso não é amor. Isso talvez seja o inverso dele, quem alimenta este tipo de coisa (é porque não se pode dá o nome nem de sentimento), alimenta algo, que virará pó, cinza, lixo.
Não falo bem de amor, como também não falo bem de paixões, mas falo do que quero viver, e todo ser humano que se preze espera um dia viver um pequeno, ou grande, mas simplesmente amor.